Add to Book Shelf
Flag as Inappropriate
Email this Book

Perceção da comunidade de pescadores de Cascais sobre a pesca ambientalmente sustentável

By Santos, Marco Pais, Neves dos

Click here to view

Book Id: WPLBN0100302776
Format Type: PDF eBook:
File Size: 14.17 MB
Reproduction Date: 19/11/2012

Title: Perceção da comunidade de pescadores de Cascais sobre a pesca ambientalmente sustentável  
Author: Santos, Marco Pais, Neves dos
Volume:
Language: Portuguese
Subject: Non Fiction, Science, Desenvolvimento sustentável; Pesca; Pescadores; Perceção; Recursos marítimos; Cidadania; Qualidade do ambiente; Certificação; Cascais; Octopus; Fisheries; Fishermen Marine; Sustainability; Environmental certification; Environmental ethics and citizenship; Fischerei; Fischer; Nachhaltigkeit; Umwelt-Zertifizierung; Umweltethik und Bürgerschaft.
Collections: Science, Authors Community
Historic
Publication Date:
2012
Publisher: Marco Pais Neves dos Santos
Member Page: Marco Pais Neves dos Santos

Citation

APA MLA Chicago

Pais Neves Dos Santos, B. M. (2012). Perceção da comunidade de pescadores de Cascais sobre a pesca ambientalmente sustentável. Retrieved from http://www.gutenberg.cc/


Description
Dissertação apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Cidadania Ambiental e Participação, realizada sob a orientação científica da Professora Doutora Sónia Seixas.

Summary
A comunidade de Pescadores de Cascais, possuidora de uma prestigiante ligação histórica às pescas e ao oceano, sempre mostrou dependência dos recursos marinhos para sobreviver, e sempre teve na dependência a coesão social municipal, por via do emprego direto e indireto, neste momento associado a setores a montante e jusante das pescas, onde se destaca o comércio, gastronomia e turismo. Apesar de ser considerada estratégica para a dinamização local, ainda não erradicou completamente atuações deploráveis contra o ecossistema marinho, sua fonte de rendimento, colocando em causa o equilíbrio da biota, e em último lugar a sua própria existência. É urgente uma simbiose entre a oferta do oceano e a procura dos pescadores. Para transformar o comportamento da comunidade, tornando-o mais sustentável, foi necessário saber como esta pensa e atua, para que as propostas de alteração sejam direcionadas. Para isso aplicaram-se dois inquéritos, um no âmbito da compreensão da sustentabilidade dos recursos marinhos, outro para avaliação do processo de certificação do Polvo de Cascais, que já leva um ano de vigência. O primeiro avaliou os conhecimentos dos marítimos sobre a sustentabilidade dos recursos marinhos, e sobre as práticas conducentes a uma maior sustentabilidade, determinou a dependência dos recursos, e reportou que a comunidade tem um bom nível de conhecimento das problemáticas relacionadas com a sustentabilidade das pescas. Ainda permitiu identificar atitudes insustentáveis, sobretudo no que se refere às capturas, e diagnosticou o que na opinião dos marítimos determina a atual crise de sobre-exploração de algumas espécies, o que isso representa, e o que estão dispostos a fazer para reequilibrar as populações. O segundo avaliou o grau de execução do processo de certificação, e a criação da marca Polvo de Cascais, enquanto iniciativa promotora de uma pesca consciente, dinamizadora da economia local e impulsionadora de um consumo de maior qualidade, portanto um instrumento ao serviço do Desenvolvimento Sustentável. Permitiu concluir que o processo foi pouco conseguido e inofensivo (sem resultados), por falta de estrutura e planeamento, empreendedorismo, e devido à deficiente implementação e ao reduzido empenho de todos os intervenientes no processo. Esta iniciativa ainda continua a merecer o apoio dos marítimos mas provou requerer vários ajustamentos, pelo que se consubstanciaram sinergias num bloco final de soluções alternativas à situação atual, de apoio à decisão do poder local, nas quais os pescadores sentem confiança, e com as quais concordam colaborar na sua implementação, gestão e monitorização. Os resultados convergiram quanto à necessidade da utilização consciente dos recursos marinhos, especialmente dos haliêuticos, porque possuem potencial para dinamizar os vários setores económicos de Cascais. The fishing community of Cascais, owner of a prestigious historical connection to fisheries and to the ocean, has always been dependent on marine resources to survive, which gave it a local social cohesion, through the direct and indirect employment, currently associated to upstream and downstream sectors of fisheries, where it is noted the trade, the gastronomy and the tourism. Although it is considered strategic to the local regeneration, it has not completely eradicated deplorable actions against the marine ecosystem, their source of income, jeopardizing the balance of biota and its existence. It’s important to create a symbiosis between what the ocean can supply and what fishermen demand. To transform the behaviour of the community, making it more sustainable, we needed to know how it thinks and acts, so that we can direct the proposed changes. For this purpose we applied two surveys: one in the understanding of the sustainability of marine resources, and the other to evaluate the certification process of the Octopus of Cascais, which already has a year of duration. The first survey evaluated the knowledge of seafarers about the sustainability of marine resources and the practices leading to greater sustainability. It determined the dependence of resources, and reported that the community has a good knowledge of issues related to sustainable fisheries. It also allowed to identify unsustainable attitudes, mainly about the captures, and to diagnose (according to the seafarers) what determines the current crisis of overfishing of some species, what it represents, and what they are willing to do to rebalance the populations. The second survey evaluated the degree of implementation of the certification process, and the branding of Octopus of Cascais (Polvo de Cascaistm) as an initiative that promotes a conscious fishing, dynamizing the local economy and stimulating a consumption of higher quality, so an instrument for Sustainable Development. It concluded that the process was poorly achieved and harmless (without results), due to a lack of structure and planning, entrepreneurship, and to the poor implementation and the reduced commitment of all the people involved in the process. This initiative continues to have the support of seafarers but it proved to require several adjustments, so synergies where merged into a final block of alternatives to the current situation, supporting the local government decisions, in which fishermen feel confident, and with which they agree to collaborate in its implementation, management and monitoring. The results converged on the need for wise use of marine resources, especially fisheries, because they have the potential to boost the several economic sectors of Cascais. La comunidad de Pescadores de Cascais, poseedora de una prestigiosa relación histórica con el arte de la pesca y el océano, siempre mostro dependencia de los recursos marinos para sobrevivir, y siempre tuvo también en esa dependencia su cohesión social municipal, mediante empleo directo e indirecto, en este momento asociado de principio a fin al sector pesquero, donde destaca el comercio, la gastronomía y el turismo. A pesar de ser considerada estratégica para la dinamización local, todavía no ha erradicado totalmente algunas actuaciones deplorables contra el ecosistema marino, su fuente de rendimientos, colocando en causa el equilibrio de su biodiversidad, y en último lugar su propia existencia. Es urgente una simbiosis entre la oferta del océano y la demanda de los pescadores. Para transformar el comportamiento de dicha comunidad, transformándolo en un modelo sostenible, fue necesario conocer su manera de pensar y actuar, de modo que las propuestas de alteración sean correctamente dirigidas. Para ello se aplicaron dos modelos de encuesta, uno en el ámbito de la comprensión de la sostenibilidad de los recursos marinos, otro para la evaluación del proceso de certificación del Pulpo de Cascais, ya vigente desde hace un año. El primer modelo, evaluó los conocimientos de los marineros sobre la sostenibilidad de los recursos marinos, y sobre las prácticas que conducen a una mayor sostenibilidad, determinó la dependencia de los recursos, y demostró que la comunidad tiene un alto nivel de conocimiento acerca de las problemáticas relacionadas con la sostenibilidad de las pescas. También permitió identificar actitudes intolerables, sobre todo en lo que se refiere a las capturas, y diagnosticó lo que en opinión de los pescadores determina la actual crisis de sobreexplotación de algunas especies, lo que esto significa, y lo que están dispuestos a hacer para reequilibrar las poblaciones de tales especies. La segunda encuesta, evaluó el grado de ejecución del proceso de certificación, y la creación de la marca Pulpo de Cascais (Polvo de Cascais), representando una iniciativa promotora de una pesca consciente, dinamizadora de la economía local y propulsora de un consumo de mayor calidad, por tanto un instrumento al servicio del Desarrollo Sostenible. Permitió concluir que dicho proceso no fue muy exitoso (sin resultados), debido a la falta de estructura y planificación, falta de emprendedores, y también debido a la deficiente implementación y al reducido empeño por parte de todos los elementos intervinientes en el proceso. Esta iniciativa aun continua mereciendo el apoyo de los marineros, pero demostró requerir algunos ajustes, por lo que se reunieron sinergias en un bloque final de soluciones alternativas a la situación actual, de apoyo a la decisión del poder local, en las cuales los pescadores depositan su confianza, y con las cuales acuerdan colaborar en su implementación, gestión y monitorización. Los resultados irán destinados a la necesidad de una utilización consciente de los recursos marinos, especialmente de los pesqueros, ya que estos poseen el potencial para dinamizar los diferentes sectores económicos de Cascais. Die Gemeinde von Fischern in Cascais, die über einer prestigeträchtigen historischen Verbindung zur Fischerei und dem Ozean besitzt, zeigten immer die Abhängigkeit von marine Ressourcen für das Überleben, und war schon immer abhängig von den örtlichen sozialen Zusammenhalt. Über die direkte und indirekte Beschäftigung, zur Zeit mit vor-und nachgelagerten Sektoren der Fischerei, die den Handel, Gastronomie und touristischen Highlights verbinden. Obwohl sie als strategisch für die lokale Regeneration gilt, hat sie noch nicht vollständig die beklagenswerten Handlungen gegen das marine Ökosystem beseitigt, ihre Einkommensquelle, gefährdet das Gleichgewicht der Flora und Fauna, und schließlich seine Existenz. Eine Symbiose zwischen den Angebot des Ozeans und Nachfrage von den Fischern ist notwendig. Um das Verhalten der Gemeinde zu verwandeln, so dass es nachhaltiger wird, müssen wir wissen, wie sie denkt und handelt, so dass die vorgeschlagenen Änderungen gerichtet sind. Zu diesem Zweck wandten wir zwei Umfragen, eines im Verständnis über die Nachhaltigkeit der Ressourcen des Meeres, das andere über den Zertifizierungsprozess der Krake von Cascais, die bereits seit einem Jahr beobachtet wird. Die erste beurteilt die Kenntnisse der Seeleute auf die Nachhaltigkeit der Meeresressourcen, und die Praktiken die zu mehr Nachhaltigkeit führen, es hat die Abhängigkeit von bestimmten Ressourcen festgestellt, und berichtet, dass die Gemeinde eine gute Kenntnis der Probleme im Zusammenhang mit einer nachhaltigen Fischerei hat. Es wurde auch unhaltbare Verhaltensweisen identifiziert, insbesondere in Bezug auf den Fang, und es wurde diagnostiziert was, in der meinung der Marine, die aktuelle Krise der Überfischung einiger Arten ist, was es darstellt, und was sie bereit sind zu tun um die Bevölkerungen auszugleichen. Die zweite Auswertung burteilt den Grad der Umsetzung des Zertifizierungsprozesses, und das Branding von Cascais Oktopus (Polvo de Cascais), die Initiative fördert eine bewusste Fischerei, aktive Ansteuerung der lokalen Wirtschaft und den Konsum von höherer Qualität, also um ein Instrument für nachhaltige Entwicklung. Es hate als Schluss, dass der Prozess schlecht verwaltet und harmlos war (keine Ergebnisse), durch Mangel an Struktur und Planung, Unternehmergeist, und aufgrund der schlechten Umsetzung und der reduzierten Engagement aller Beteiligten in den Prozess. Diese Initiative verdient auch weiterhin die Unterstützung von Seeleuten, hat aber erwiesen dass es noch einige Anpassungen erfordert, also haben sich Synergien consubstantiated, in einem abschließenden Block von Alternativen zur gegenwärtigen Situation, als Support zur Decision der lokalen Regierung, denen die Fischer vertrauen, und mit denen sie zur zusammenarbeit zustimmen, in ihrer Umsetzung, Verwaltung und Monitoring. Die Ergebnisse trafen sich in der Notwendigkeit für eine vernünftige Nutzung der Ressourcen des Meeres, vor allem die Fischerei, weil sie das Potenzial besitzen, die verschiedenen Wirtschaftssektoren von Cascais zu stäken.

Excerpt
Santos, Marco Pais Neves dos - Perceção da comunidade de pescadores de Cascais sobre a pesca ambientalmente sustentável. [Lisboa] : [s.n.], 2012. 335 p. Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/10400.2/2308

Table of Contents
ÍNDICE INTRODUÇÃO...................................................................1 Organização do Trabalho .....................................................5 Capítulo I - Fundamentação Teórica .........................................12 I. 1. Evolução da relação humana com os recursos marinhos ..................13 I. 1.1. Paleolítico ....................................................... 13 I.1.2. Mesolítico ......................................................... 14 I.1.3. Civilizações Pré-Clássicas ......................................... 15 I.1.4. Civilizações Clássicas ............................................. 20 I.1.5. Idade Média ........................................................ 24 I.1.6. Idade Moderna....................................................... 25 I.1.7. Idade Contemporânea ................................................ 29 I. 2. Evolução da relação portuguesa com os recursos marinhos ..............35 I.2.1. O Nascer do Reino .................................................. 35 I.2.2. Os Descobrimentos .................................................. 39 I.2.3. O Marquês de Pombal ................................................ 42 I.2.4. As Revoluções Liberais ............................................. 44 I.2.5. O Estado Novo ...................................................... 48 I.2.6. O Pós-Estado Novo .................................................. 54 I.3. Evolução da relação cascaense com os recursos marinhos ................62 I.3.1. Do ponto de vista histórico-geográfico.............................. 62 I.3.2. Do ponto de vista socioeconómico e cultural ........................ 75 I.3.3. Do ponto de vista cultural ......................................... 87 I.3.4. Do ponto de vista das artes, pescadores, embarcações, e criação em cativeiro ................................................................. 92 I.3.5. Do ponto de vista da criação em cativeiro .......................... 98 I.4. Situação recente da atividade pesqueira, salícola e algológica em Cascais ............................................................................99 I.4.1. Cascais no Contexto Nacional ...................................... 100 I.4.2. Evolução do preço de venda na lota de Cascais ..................... 102 I.4.3. Volume de desembarque mensal ...................................... 103 I.4.4. Volume de desembarques anual e tendência do setor ................. 104 I.4.5. Espécies capturadas em Cascais .................................... 107 I.4.6. Espécies em situação de escassez ou desaparecimento ............... 112 I.4.7. Reflexão sobre a motivação das capturas em Cascais ................ 118 I.4.8. Embarcações licenciadas e artes de pesca........................... 119 I.4.9. Atividade algológica .............................................. 121 Capítulo II - Caso de Estudo: Pescarias em Cascais ....................... 124 II. 1. Enquadramento ..................................................... 125 II.1.1. Localização Geográfica ........................................... 125 II.1.2. Elementos Geológicos e Geomorfológicos ........................... 127 II.1.3. Elementos Oceanográficos e Climatológicos ........................ 129 II.1.4. Caracterização Social e Económica ................................ 133 XII II. 2. Aspetos Metodológicos do Inquérito ................................ 136 II. 2.1. Tipologia do Estudo e Instrumentos de Recolha ................... 136 II. 2.2. Delimitação do Estudo ........................................... 138 II. 2.3. Desenvolvimento e Aplicação do Inquérito ........................ 140 II. 2.4. Aclarações à metodologia proposta ............................... 142 II. 3. Caracterização da amostra ......................................... 143 II. 3.1. Pessoal, familiar e profissional ................................ 144 II. 3.2. Quantos pescam em Cascais? ...................................... 147 II. 4. Resultados do inquérito: vertente Sustentabilidade das Pescas (Parte I) .......................................................................... 148 II. 4.1. Compreensão do que é a Sustentabilidade dos Recursos Haliêuticos............................................................... 148 II. 4.2. Conhecimento da situação atual da preservação dos Recursos Marinhos .......................................................................... 150 II. 4.3. Dependência dos recursos provenientes das pescarias ............. 153 II. 4.4. Práticas do quotidiano nas pescarias ............................ 155 II. 4.5. Para uma melhor sustentabilidade do setor das pescas ............ 161 II. 4.6. Caracterização da situação atual das pescas de Cascais .......... 169 II. 5. Resultados do inquérito: vertente certificação do Polvo de Cascais (Parte II) ............................................................... 173 II. 5.1. Conhecimento do processo de certificação ........................ 173 II. 5.2. Participação/integração no processo de certificação ............. 176 II. 5.3. Expetativas futuras com o processo de certificação .............. 177 II. 5.4. Recetividade do mercado ao processo de certificação ............. 179 II. 6. Análise dos Dados / Discussão ..................................... 181 II.6.1. Consciencialização da necessidade de uma pesca sustentável (Parte I) .......................................................................... 181 II.6.2. Compreensão e pertinência da certificação do polvo (Parte II) .... 187 II. 7. Apresentação de alternativas à situação atual ..................... 193 II.7.1. Requalificar o espaço envolvente da Docapesca de Cascais ......... 193 II.7.2. Qualquer cidadão possa comprar diretamente na Docapesca de Cascais .......................................................................... 195 II.7.3. Implementar um defeso para o polvo (Octopus vulgaris) ............ 200 II.7.4. Tabelar o preço de venda do pescado pelos revendedores ........... 203 II.7.5. Criar uma Área Marinha Protegida ................................. 204 II.7.6. Tornar espécies desconhecidas em iguarias na gastronomia local ... 205 II.7.7. Criar uma efeméride: Dia do Polvo de Cascais ..................... 206 II.7.8. Criar uma página oficial na internet para Certificação do Polvo de Cascais .................................................................. 207 CONCLUSÕES ............................................................... 208 RECOMENDAÇÕES ............................................................ 216 FONTES (referências bibliográficas) ...................................... 218 a) Fontes impressas ...................................................... 218 b) Fontes audiovisuais ................................................... 232 c) Fontes eletrónicas .................................................... 232 d) Leis .................................................................. 242 GLOSSÁRIO ................................................................ 243

 
 



Copyright © World Library Foundation. All rights reserved. eBooks from Project Gutenberg are sponsored by the World Library Foundation,
a 501c(4) Member's Support Non-Profit Organization, and is NOT affiliated with any governmental agency or department.